segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Fogo





Encosto o meu corpo ao teu,
sinto o calor da tua alma
a misturar-se dentro de mim
mistura que sabe bem,
que dá prazer
mas que se transforma em fogo,
alertando os meus sentidos
chegando como lava ao meu coração,
queimando os meus pensamentos mais profundos
levando-me a viajar até uma outra dimensão,
onde vejo uma luz que nunca se apaga
que me incendeia e me cega
com os seus tons quentes,uma nova visão.
Ao longe,pareço ouvir uma voz
,um cantar melodioso
uma voz calma que me entra nos ouvidos,
e cuja letra da música não me sai da cabeça,
serás tu a cantar para mim?,
como se fosses um rouxinol ou um canário,
como se me estivesses a fazer uma serenata
de sons intensos,
que ensurdecem de tão belos que são.
De repente a voz parou
acabou a canção.
Senti-me embalada pela voz e pelo calor abrasador,
aconchegada por todos estes sentidos
e por estar abraçada ao teu corpo.
Vi uma luz novamente,
mas não era igual
já não me cegou,era uma luz mais clara
mais pálida,
mais fria que a que brotava de dentro de mim,
ai reparei que já era manhã
que esta luz era a do sol já a brilhar
no começo de um novo dia
mas eu não me rendi a essa luz
não queria acordar.

Susana


1 comentário:

  1. um poema maravilhoso e um video lindo gostei do teu poema
    Fatinha

    ResponderEliminar