sábado, 23 de fevereiro de 2013

Contradições




Conto pelos dedos os dias que faltam para te ver,
vou riscando as datas
numa simples folha de calendário., deste mês tão curto.
Tento parar o tempo,
as horas,
os dias,
nos momentos bem passados...
mas este teima em não parar ,
não anda ,
corre com passadas largas...
e eu tento agarrá lo,
porque ás vezes apetece que não fuja,
que não passe....

Susana Ferreira
 



sábado, 2 de fevereiro de 2013



Coimbra

Coimbra,
Cidade das lágrimas
derramadas na fonte dos amores...
prantos chorados
pela bela D.Inês.
És Terra de sonhos.
encantos e tradições...
lendas,
que nunca te deixam morrer.
Em ti ,
existem poetas,
escritores famosos...
que vão contando a tua história.
Coimbra,sempre Coimbra...
és mulher
musa encantada,
no fado és cantada...
e pela Rainha Santa,
serás sempre abençoada.
Tu e as tuas gentes
alegria do teu viver...
Oh Coimbra do Mondego,
onde navega o Basófias
e se passeiam as ninfas
do Choupal até á Lapa...
a tua beleza perdura.
Coimbra,
dos amores...
feita de bons corações,
cidade dos encantos
é contigo,
sempre e só contigo...
que se aprende a dizer
Saudade...

Susana Garcia Ferreira


domingo, 13 de janeiro de 2013

A espera






Maria, acordava de manhã cedo ainda o sol nascia . Todos os dias a sua rotina era atravessar a estrada e caminhar até há praia calma e deserta onde lhe estava destinado um lugar perto do mar, composto por duas cadeiras e uma mesa de madeira azul já desgastadas pelas marés e pelo tempo. Maria vivia sozinha já há uns cinco anos desde que se divorciara do marido, foi cada um viver para seu lado e Maria comprou uma pequena casa de praia mesmo junto ao mar, era lá que vivia e se sentia bem. Levava sempre todas as suas tralhas consigo, mas o que era indispensável e que nunca esquecia , era o seu livro que lhe fazia companhia de manhã até há noite, a sua máquina fotográfica para registar certos momentos , a sua lata de cerveja que a refrescava e os seus óculos de sol para melhor olhar o horizonte. Todos esses objectos eram pousados diariamente sobre essa mesa de madeira azul... Maria sentava-se , olhava o horizonte e contemplava também a segunda cadeira sempre vazia na esperança que alguém atravessasse o pontão e se sentasse nela, era sempre o que pensava.... Gostava também de fazer uma pausa na sua leitura e caminhar sobre a areia,sentir aquela sensação ,e caminhar pelo pontão até ao fim e depois regressar,sempre o fazia mas nunca por lá encontrava ninguém. Aquela cadeira continuava vazia , apenas o mar embatia nas rochas e se vinha sentar...


Susana Ferreira,escrito em Agosto