sábado, 14 de novembro de 2009

A flauta mágica que vivia na floresta




A flauta mágica vivia na floresta e por lá passeava desde o nascer do sol até o sol se pôr, altura em que regressava ao seu cantinho para ir dormir assim como todos os outros habitantes dessa enorme casa verde também ela cheia de esconderijos mágicos.
De manhã quando acordava, a pequena flauta já estava afinada e preparada para encher de sons a floresta ainda silenciosa,tocava notas suaves que despertavam todos os seres e passeava-se por entre as árvores e ninhos e por todas as tocas que existiam naquele seu mundo.
Tinha tanta magia a sua melodia que chegava até ao recanto mais fundo e mais longiquo da floresta e todos os animais quando o sol raiava ganhavam uma nova vida e uma nova força para a sua árdua tarefa de procurar alimentos e ficavam tão contentes com os sons da pequena flauta que muitas vezes a trabalharem iam cantando o que a flauta entoava todos os dias.
Quando o sol se punha e todos os animais recolhiam aos seus aposentos a melodia da flauta mágica transformava-se numa canção de embalar que a todos fazia adormecer e a pequena flauta regressava assim ao seu cantinho onde vivia na imensa floresta...

Susana Garcia

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A menina de tranças que gostava muito de andar de baloiço



A menina de tranças saia todos os dias de casa cedo para ir para a escola mas antes passava pelo jardim em frente da sua casa para fazer o que mais gostava , andar de baloiço.
Sentava-se a baloiçar para cá e para lá ao sabor do vento e não parava, as suas pernas balançavam para a frente e para trás e a menina cada vez chegava mais alto.
As suas tranças esvoaçavam e todos os seres lá em baixo pareciam minúsculos, ouviam-se vozes a dizer para a menina descer pois ja´estava muito no alto mas ninguém a conseguia convencer, a menina não parava de baloiçar.
Quando as suas tranças tocavam no céu, ai sim a menina parava, passeava por cima daquele manto fofo de nuvens que mais lhe pareciam ser feitas de algodão doce que tanto gostava, saltava de nuvem em nuvem e deitava-se sobre essas nuvens de sonho deixando-se ficar por uns momentos a sonhar e até nos sonhos baloiçava.
Chegava a hora de acordar para apanhar o seu autocarro e ai a menina começava a descer lentamente sempre a baloiçar para cá e para lá por entre as árvores e lá vinham as suas tranças sempre a esvoaçar e a menina baloiçava sempre num ritmo certo até que regressava finalmente a Terra e os seus pés pisavam o chão do jardim parando a menina de baloiçar e assim acabava mais uma viagem de baloiço...

Susana Garcia